Ecologia

Preocupação do Pedra do Sino com a preservação ambiental

Dos 50 hectares do hotel, mais de 18 hectares são reservas de Mata Atlântica, que abrigam diversas espécies de animais e plantas. A diversidade de seres vivos do bioma Mata Atlântica é altíssima e este encontra-se devastado em todo o país. Este fato desperta o interesse de estudantes e profissionais da área, que querem realizar pesquisas e estudos no Pedra do Sino. A administração do hotel apóia sistematicamente essas iniciativas e investe na preservação ambiental.

Devido ao crescente interesse mundial dos “observadores de aves” – em grupos, excursões ou individualmente, o hotel considerou importante um levantamento dos pássaros para valorizar a preservação de seu patrimônio natural.

Em abril de 2003, o ornitólogo Warley Delgado realizou um levantamento de aves presentes na fauna do hotel. Em apenas um dia de observação, foram catalogadas 114 espécies, número significativo para o período pesquisado. Estima-se em mais de 200 espécies. Foi registrada a presença, inclusive, do Pica-pau-rei, espécie ameaçada de extinção em Minas Gerais.

Delgado, nas observações finais de seu estudo, relatou: “certamente o Pedra do Sino pode se valer desta riqueza como atrativo para um turismo ecológico e até mesmo científico, este último voltado para o estudo não só das espécies ameaçadas, mas de todas as outras”.

O hotel fez um convênio com o Laboratório de Sistemática Vegetal da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, para o levantamento florístico das matas da Fazenda Pedra do Sino. Este trabalho foi iniciado no começo de 2005, pela estudante de Ciências Biológicas da UFMG, Nara Furtado de O. Mota e foi sua monografia de bacharelado para conclusão do curso. Seu orientador foi o Prof. Dr. João Renato Stehmann e um grupo de botânicos do laboratório acima citado. Somente na primeira saída de campo foram coletadas cerca de 130 espécimes, sendo grande parte espécies de árvores e uma delas – da família da goiaba – ainda não conhecida pela ciência. Esta pesquisa está em fase de finalização e tem encontrado resultados significativos, contribuindo para o conhecimento da biodiversidade do bioma Mata Atlântica, subsidiando a preservação da mesma. Veja resumo do trabalho apresentado no Congresso Nacional de Botânica 2006:

“O Pedra do Sino se preocupa em preservar a sua fauna e flora e fazer uso da reserva com consciência e educação. Para isso, ainda buscou uma parceria com a Polícia Militar Florestal que tem dado bons resultados. Os animais resgatados por apreensão ilegal, que sofreram maus tratos ou foram feridos acidentalmente são levados para os viveiros do hotel para tratamento e reintrodução. É responsabilidade do hotel tratar os animais e acordar com a Polícia Florestal a soltura destes, quando restabelecidos. Livres, os pássaros continuam sendo tratados diariamente com ração e frutas.

Através dessa parceria, criou-se um trabalho de conscientização entre os proprietários, funcionários, comunidade local e seus hóspedes. A área de reserva particular da Mata Atlântica é utilizada de forma responsável com um trabalho de educação ambiental, com trilhas naturais para caminhadas, sinalizadas (auto-guiadas) e interpretativas (clique aqui e veja as dicas para caminhadas ecologicas).”

Texto extraído de trabalho de conclusão de curso apresentado ao Programa de Pós-Graduação lato sensu em Comunicação e Gestão Empresarial, do Instituto de Educação Continuada da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, como requisito para obtenção do título de especialista em Comunicação e Gestão Empresarial, 2006. “Projeto Memória do Hotel Fazenda Pedra do Sino: aspectos social, ambiental e turístico”.

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